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domingo, 21 de julho de 2013

Os Letraks - 3


Os quatro rapazes estavam em uma sala seguinte a que outrora pisavam. Nas paredes ao redor, tinham pendurados panos azuis, e do lado destes, seis portas se intercalando entre os panos. Passos apressados na direção deles ressoam nos pisos de pedra.
“Credo, o que aconteceu com o braço dela? Aquele demônio fez isso?”.
– Agora vamos dormir – ordenou Kastemyra com a manga esquerda da túnica branca rasgada. – amanhã nos falamos de novo, agora preciso me retirar, estou ferida.
Marcas de garras foram deixadas no braço da moça, três profundos cortes com quase 15 cm de extensão. Músculos golpeados
– Mas e você? – perguntou Simon com um tom preocupação. – Não precisa de ajuda?
Kastemyra balança a cabeça.
– Ficarei bem garotos, só vou me retirar alguns minutos para colocar uma proteção mais forte nos arredores e depois irei me tratar. – o sangue vertia, e ao chão, pingava a cada segundo, uma nova gota vermelha.
Ela se retira com um sorriso forçado no rosto, de costas ao longe, Kastemyra coloca sobre a grave ferida sua mão direita. Alguns segundos de silêncio desconfortante transcorrem.
– E agora? – perguntou Simon se abraçando – o que vamos fazer? Passar a noite aqui?
“Minha mãe vai me matar isso acontecer!”.
– Eu não quero ficar aqui – retrucou Ilan com o cenho franzido – eu vou tentar achar alternativas para nos livrarmos desta dimensão.
– Pela primeira vez – enticou Edwar – ouço alguma coisa que não seja merda vindo do tiozinho.
– TIOZINHO? – berrou Ilan – Eu tenho nome, seu bastardo. Sou Ilan Clemons. – disse a dar passos para o lado oposto da entrada da sala.
– Eu vou dormir – bocejou Hariel a ir em direção a uma das portas.
– Mas… mas… não vão sentir sua falta, Hari? – questionou Simon.
– Não. – abriu a porta e ficou parado a olhar o garoto de cabelos negros, que agora, ganharam um tom de azul.
Simon morde os lábios e relaxa seus ombros.
– Está bem, vamos passar essa noite aqui.
“Eu vou ficar sozinho?” – Ilan passa no corredor rapidamente. – “Os pervertidos ou o tiozinho?” – Se perguntava com um dedo na boca – “Qualquer um deles é a pior opção”. – Edwar sorri e segue os passos de Ilan.
A porta se fecha, no quarto, nos lados opostos das paredes uma cama de casal e um beliche.
– A ultima coisa que lembro foi de estar medindo as prateleiras por volta de umas cinco horas da tarde – disse Hariel a tirar seu cinto – e eu acordo nesse mundo, seja lá o que for, a noite.
– Droga – resmungou Simon sentado na cama baixa do beliche. – eu ainda estava no expediente, meu chefe vai me despedir. – com suas mãos entre as pernas e seus olhos baixos, lamentou.
– Ganhou muitas gorjetas? – sem olhar para o garoto, Hariel sorri a tirar os seus sapatos.
– Não muitas – começou a balançar as pernas – ser garçom naquele restaurante só está me estressando.
– Por quê? – questionou a tirar a regata preta – você disse que gostava.
– Até um tempo atrás. – respondeu com um ar triste – até chegar correspondências.
Hariel calado olha fixamente para Simon.
– Você quer conversar sobre aquilo? – perguntou o rapaz a dar passos até a frente de Simon. Hariel coloca as mãos apoiadas na cintura e torce os lábios.
– Obvio que sim.
– Você sabe que eu gosto muito de você. – Hariel leva a mão direita até sua cabeça.
Simon não interage, seus dedos polegares, sobre as pernas, rodopiava um ao redor do outro. Hariel se agacha na frente dele e se apoia com os cotovelos nas pernas do mesmo.
– Olhe nos meus olhos! – ela sussurra e seus cabelos a tocar ao chão.
Eles se entreolham.
– Eu também gosto de você – falou Simon apoiando ambas as mãos na cama. – Só não gostei que aquela garota escrevesse uma carta se declarando para você.
– A Mary é minha amiga há muitos anos, Simon. Nunca pensei que ela teria aqueles sentimentos por mim. – Hariel se levanta e pega em um dos braços de Simon para puxa-lo. – E quem deu permissão para mexer nas minhas coisas?
– Be… Bem… A carta estava sobre a mesa do nosso quarto, se você quisesse esconder ela de mim deveria pensar em um esconderijo melhor.
Hariel abraça forte Simon. Por alguns centímetros, Simon era menor que ele.
– Você é muito – deu ênfase – ciumento, sabia? – ele contou olhando para a franja do garoto.
– Só não quero ser traído. – retrucou o garoto a abaixar a cabeça.
– Você não vai.
Hariel leva Simon até a frente da cama de casal e joga-o na mesma, seus longos cabelos dançavam quando ele imobiliza as mãos de Simon contra a cama e ficava de joelhos apoiados na maciez do colchão.
– Você é meu, apenas meu, e eu, – sussurrou a sorrir olhando para as feições do garoto – sempre vou ser apenas teu!
Simon abaixa o olhar e sorri. Hariel, lentamente se abaixava ao encontro dos lábios do garoto.
– Para! – ordena antes de se tocarem – ainda estou chateado com você. Não sei se posso confiar em você, você me confunde e me deixa com um sentimento ruim.
– Quer dizer que você está querendo acabar com tudo?
“Divino, tão confuso quanto um cachorro correndo atrás do próprio rabo” – pensa Simon. “O que eu digo para ele? Não estou mais feliz ao lado dele, me sinto como se eu necessitasse ficar longe dele, mas ao mesmo tempo eu o preciso”.
– N… não! – fez uma pausa para olhar em seu lado e pensar – Na verdade não sei bem.
Hariel se deita ao lado de Simon, o rapaz de longos cabelos azulados olha para o teto com as mãos entrelaçadas sobre a barriga nua.
– Sabe Hari, eu não estou tão feliz como antes, acho que o nosso relacionamento está esfriando. – expressou Simon a rolar de lado, ficando com a sua costa para Hariel.
– Tudo bem – falou o rapaz a levantar-se – vou dormir no beliche.
– Não – Simon o interrompe pegando no braço do mesmo. – Quero que durma comigo.
– Você acabou de dizer que não quer mais nada comigo, Simon!
– Mas nós podemos mudar e concertar o que está gastado, você não acha? – sugestionou Simon com um nó na garganta, em seus lindos olhos azuis, um brilho começava a emanar.
Ambos se deitam de lado abaixo das cobertas de cores marrons e amarelados. Hariel envolve em seus braços o peito do garoto, depois o puxa para ele. A boca de Hariel estava na orelha de Simon. Alguns segundos de silêncio esmagador deixam o garoto de cabelos curtos emotivo.
– O que eu vou fazer sem você? – perguntou Hariel à Simon com um nó na garganta –Você não iria ser o meu Sol todas os dias, o meu vento todas as tardes, a minha lua todas as noites? – sussurrou com o vapor quente de sua boca tocar na orelha de Simon – “O fogo do meu coração é quente por ti, meu herói, meu rei”. Não era isso que você sempre me falava?
Simon leva o dorso de sua mão em seus olhos lacrimejados.
– Não queria perder você, nunca! – continuou Hariel – quero fazer ainda vários outros piqueniques na Praça da Aurora, apostar com você aquelas corridas em um dia de chuva, rir olhando nos seus olhos. – pigarreou a tentar retirar o nó na garganta. Esperou alguns segundos e continuou – Tomar aquele café que nem o super-homem conseguiria tomar, o que você tanto adora. Continuar batendo na sua boca para tentar fazer você parar de roer as unhas. – sorriu.
– Para. – pediu Simon a enxugar as lágrimas no dorso da mão – Isso vai continuar acontecendo, não quero que você desista de tudo, porque eu ainda quero você sempre ao meu lado, meu herói, meu rei.
Hariel vira Simon com seus braços. Ambos se olham no fundo dos olhos.
– Então pare de chorar – sussurrou Hariel a sorrir.
O rapaz de cabelos longos beija a testa do jovem.
– Sabe o que eu mais gosto em você? – perguntou Simon.
– Que eu consigo ficar vesgo? – sorriu com seu olhar baixo.
– Não – riu – você é especial, sempre vê as coisas pelo lado positivo, é calmo…
– E você sempre foi estourado – interrompeu. – E porque você fez aquilo com o Ilan?
Hariel beija Simon suavemente de surpresa. Seus corpos estavam quentes como uma chama em vasta combustão. Os corações pulsavam com a emoção.
– Eu te amo, meu lindo – sussurrou Hariel a passar sua mão na face de Simon. – Só não queria que ele zombasse de nós.
– Existem formas melhores de se fazer isso, você sabe que não gosto de ficar brigando. – franziu o cenho – E se ficarmos presos aqui por alguns dias? Já pensou?
Hariel faz de seus lábios uma fina linha.
– Tá – concordou suavemente – me desculpe. Você é novo, mas é mais sábio do que eu que sou mais velho.
– Promete não fazer mais?
Hariel assente com a cabeça.
– Sempre abra a mente antes da boca. – falou o garoto com sua franja do lado.
Simon passa suas delicadas e macias mãos no peito do rapaz. Ambos deitados se olhavam, a admirar um ao outro, como se fosse o ultimo dia de suas vidas, se tudo, de agora em diante mudasse, se tudo acabasse, mas Simon sabia que isso não ia acontecer, eles queriam viver juntos, por um bom tempo, se amarem, brigarem, rirem, todas as coisas que faz de suas vidas ainda mais vívida.
– Você é o melhor namorado que eu podia ter, sabia? – Hariel sorriu a dizer. – Às vezes me questiono se eu merecia você.
O tórax de Hariel era modelado com seus músculos, uma pele macia e branca, seus lábios se tocavam como algodões, neles, todos os sentimentos depositados. A mão de Simon deslizava no peito nu de Hariel, a cada beijo dado sua mão movia-se para mais perto do cinto do rapaz.
A mão de seu parceiro o envolvia, pressionando-o para perto dele. Beijavam-se calorosamente com suas mentes vazias de preocupações. Hariel, com auxilio de seus pés, moveu-se para dei baixo das cobertas enquanto Simon fechava seus olhos. Um ressoar abafado de zíper se abrindo é lançado ao ar. Abaixo das cobertas os longos cabelos repousavam no colchão um pouco já velho. Simon tem suas calças retiradas, e Hariel usava seus lábios para fins de prazer a ambos. O garoto, com sua franja nas pálpebras, abria levemente sua boca a expressar extremo deleite e excitação com o suave tocar em seu corpo. Simon tem suas bochechas enrubescidas, suas sobrancelhas arqueadas para cima e aos poucos gemia a sussurrar. Depois de alguns minutos Hariel volta a sua posição original.
– Sabia que você ia gostar disso.
– Seu bobo. – Simon retrucou a sorrir com as bochechas roseadas.
Hariel se aproxima ainda mais de Simon, fazendo o garoto sentir o cheiro delicado e masculino de seu perfume. Carinhosamente acaricia os cabelos de Simon com sua mão enquanto beija com seus lábios macios o pescoço. Os pelos do garoto se eriçam, e ele produz um suspiro profundo seguido de um baixo gemido. A mão de Hariel passa nas bochechas enrubescidas rumo
ao peito de Simon, lentamente, botão por botão era aberto, até tirar totalmente a camisa do garoto. O cheiro excitante penetrava nos sentimentos, a língua delicada do rapaz passava sobre a derme eriçada, sua mão sentia as ondulações do corpo de Simon. Respirações profundas e em alguns momentos ofegantes, os pés desnudos do garoto com a franja aos olhos, se esfregavam entre si, cada vez mais intensos. Simon sentia um calor a circular como um fogo bruxuleante em seu corpo.
Os lábios molhados de Hariel tocam aos de Simon novamente. A mão direita do garoto ia em direção à cintura de Hariel.
– Você é um pedaço de mim. – sussurrou o rapaz a tirar os dois finos ferros que deixavam seus cabelos presos – Se o nosso amor é tragédia, por que você é meu remédio? Se o nosso amor é insano, por que você é minha claridade? – O calor das palavras infiltrava nos ouvidos de Simon, fazendo-o arranhar levemente, com os olhos fechados, as costas de Hariel. Ambos se tocavam e sentiam a pele quente roçar. Hariel ainda a beijar Simon, pega a perna esquerda do garoto e coloca-a sobre as dele. Em movimentos rítmicos se deixavam levar pelo instinto. – Quero me afogar em você – sussurrava enquanto seu longo cabelo dançava nas cobertas – porque isso me faz esquecer de todo o senso comum. Com suavidade e lentidão, Simon sentia a cada minuto, Hariel lhe preenchendo. O garoto dava leves puxões duradouros nos cabelos de Hariel a movimentar-se. O ritmo ia se intensificando enquanto o rapaz mordia levemente o pescoço de Simon. Minutos se passam e ambos chegam ao êxtase, ainda ofegantes, se abraçam a fechar os olhos para enfim dormir, pois amanhã o dia poderia ser de uma atmosfera tensa. “Ficaremos presos nessa dimensão por quanto mais tempo?” – pensou Hariel em seu ultimo momento antes de cair aos encantos dos sonhos.

  • Feita por Lucas Monteiro
Arigato Lucas o/

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