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sábado, 30 de novembro de 2013

Mentalistas

O estranho
- Não, não irei voltar para aquele lugar!
Na parte mais sombria da cidade e também a mais deserta, um jovem rapaz corre desesperadamente entre becos escuros, tentando fugir de alguém que o persegue.
O chão estava repleto de poças d’agua espalhas por todos os lados. Seus pés já estavam encharcados de tanto pisoteia-las. O rapaz segue correndo e fazendo curvas por muitos becos. Tantos, que pareciam labirintos.

                - Não, não! Droga! Sem saída. – Levantando a mão direita, ele encosta o seu dedo indicador e o do meio no lado direito da testa, dobrando os três restantes. Em seguida, ele estende a mão esquerda e fecha os olhos, como se estivesse se concentrando. Um tipo de onda telecinética transparente sai do corpo dele e causa um impacto no muro, fazendo um buraco, possibilitando a sua fuga.


                -Você não vai fugir. Renda-se agora mesmo! – Um homem grita. O rapaz olha para trás franzindo a testa, em seguida torna a olhar para frente novamente e começa a correr.
                - Eu já falei que não irá fugir, Cario! – O homem faz os mesmos gestos do rapaz, mas dessa vez com a mão esquerda, colocando o dedo indicador e o do meio na testa. Na mão direita dele surgi um chicote longo e transparente. O homem balança o chicote e o arremessa em direção ao pescoço de Cario que para de correr no mesmo instante. “Maldito! Não deixarei que me leve para aquele lugar novamente” – Pensa o rapaz, que ficara com o rosto vermelho por estar sendo sufocado pelo chicote. Ele segura o chicote com as duas mãos e concentra-se. Em seguida, sai uma mesma onda telecinética em volta do corpo dele que folga o chicote e o liberta. O rapaz foge pelo buraco no muro e o mesmo é fechado com o deslize dos escombros.
                - Hoje você conseguiu fugir, mas um dia... Um dia irei captura-lo. – Diz o homem em voz baixa para si mesmo.
Em uma bela manhã do dia seguinte. Outro rapaz está prestes a acordar.
                - Trim... Trim... Trim... – Som do despertador.
                - Ah! Já é de manhã? Ainda está muito cedo. – O rapaz arrasta a mão esquerda pela cama até o despertador e o silencia. O relógio marcava dez e quarenta.
                - Tenho que me levantar. – Diz o rapaz meio sonolento. Ele se levanta da cama e estica-se todo, dando um alto bocejo. Ele sai do seu quarto em direção à cozinha do seu apartamento. Espreguiça-se mais uma vez e abre a porta da geladeira.
                - Vejamos! Rum... – Ele olha por todos os cantos da geladeira e decide-se.
                - É. Estou a fim de comer ovos fritos. – Ele retira os ovos da geladeira e os frita. Minutos depois, ele segue para a sala do seu apartamento com um copo de café na mão e checa suas ligações na secretária eletrônica.
                - Bip – Som do telefone após o click do botão.
                “Dylan, é a Gena! Estou ligando para avisar que mais tarde passo ai para pegar os novos capítulos para a edição. Ok? Até lá!”
                - Ainda bem que já os terminei. Da ultima vez que atrasei, ela parecia estar possuída. – Dylan começa a ter um flashback do dia em que não conseguiu entregar os capítulos solicitados pela Gena no prazo determinado.
                - Toc, Toc, Toc! – Batidas na porta.
                - Gena? Mas já? Digo... Oi Gena, como vai? HaHaHa! – Dylan rir totalmente sem graça e forçado, fazendo uma cara estranha.
                - Não estou gostando dessa cara. – Enquanto fala, ela entra e se senta no sofá. Quando ela passou por Dylan, ele paralisou totalmente.
                - Ah, então... Você quer uma água, café, suco? – Ele olha para a esquerda e para baixo e fala sussurrando.
                - Chá de camomila?
                - O que? AH! Esquece. Um copo d’agua pode ser. E então, onde estão os capítulos novos? – Gena sorri.
                - Bem, é... Sabe que... – Dylan começa a dar passos vagarosos para a cozinha, indo buscar um copo com água. O sofá que Gena está sentada é de costas pra cozinha.
                - Acontece que ainda faltam algumas coisinhas para finalizar. – Dylan grita da cozinha. Em seguida, ele vem com o copo d’agua. Ao chegar à sala, percebe-se uma atmosfera pesada, Gena parecia estar virando a cabeça em cento e oitenta graus, com a testa franzida e olhos escuros, ela olha para ele e fala.
                - O que você disse? – Dylan congela instantaneamente que até a água dentro do copo na mão dele, vira uma pedra de gelo.
                - EHH! “Droga, será meu fim!”
                - Escuta aqui. Temos um prazo para deixar tudo pronto, caso você não cumpra o mesmo, farei questão de eu mesma te cortar em tantos pedaços que será impossível de ver com um microscópio. Entendeu?
                - Sim, desculpa! – Diz Dylan, com os olhos arregalados e todo arrepiado.
                - Você tem até amanhã para me entregar isso, se não... Já sabe.
                - Sim! Entendi! – Gena se levanta e bate a porta. Fim do flashback.
                - Gena é uma boa pessoa. Mas também é terrível! – Ele se arrepia todo.
                “Dylan seu incompetente! – Diz gritando. Parecia que o apartamento tremia.
                - Faltam dois dias para você me entregar o documento que lhe mandei fazer. Caso isso não aconteça, você estará no olho da rua... Entendeu? No olho da ruaaa!” – O rapaz que antes havia tomado um gole do café, o cospe todo e começa a tossi engasgado.
                - Cof... Cof... Cof... Mas o que? O que eu fiz para ter um chefe desse jeito? Não acredito. Nunca faltei com os meus deveres. Às vezes eu acho que ele não vai com a minha cara. – Dylan coloca sua mão esquerda no lado esquerdo da cabeça e apoia o cotovelo no braço do sofá, fazendo uma cara emburrada “É. Só pode ser isso mesmo” – Pensa Dylan, que em seguida abaixa a cabeça.
                - Rum... – O ambiente parecia estar obscuro e deprimente. Dylan coloca o copo já vazio na mesinha do centro da sala e deita-se no sofá.
                - Mal acordei e já começo a ter um dia ruim.
                “Ah... Oi Dylan. É o Yan. – Ao escutar a voz de Yan, Dylan começa a prestar atenção.
                - Como vai? É... eu sinto muito pelo o que eu te falei ontem, quando estávamos voltando pra casa. Eu não queria que você soubesse dos meus sentimentos assim tão de repente. Eu realmente te amei por todos esses anos e... ainda é assim. Só de ter sua amizade já era confortante para mim. Mas quando se ama... quando se ama alguém, isso não é o suficiente, não é? Não quero te causar problemas, então... peço que me perdoe. Então... É isso“ Fim de chamadas.
                - Por todos esses anos ele se sentia assim em relação a mim. Eu não podia imaginar uma coisa dessas. Ele sempre foi gentil com todo mundo ao redor dele. Embora... Embora ele tenha sido o meu melhor amigo por tantos anos, não dava para imaginar. – Dylan começa a lembrar do que aconteceu ontem à noite, quando ele e Yan voltavam do cinema. Flashback.
Dylan e Yan caminham pela calçada e comentam sobre o filme.
                - Hahaha! Você tem razão, ele deveria ter feito isso mesmo. – Diz Dylan, com as mãos no bolso da jaqueta que está aberta. Ele usa uma camisa branca por dentro.
                - E aquela vez que ele atirou no posto de gasolina fazendo tudo explodir. Um pedaço dos escombros caiu no carro do parceiro dele. O parceiro dele gritou... “Seu maldito! Custava esperar eu tirar o carro daqui?“ – Diz Yan.
                - Hahaha! Essa é uma das melhores partes. – Diz Dylan, que encosta a mão no ombro de Yan e se curva um pouco de tanto rir, enquanto caminham.
                - O Dylan... Eu queria te contar uma coisa.
                - Contar uma coisa? O que é? – Diz Dylan. Ele para de rir, tira a mão do ombro de Yan e enxuga as lagrimas que desciam no rosto dele de tanto dar risadas. Eles continuam andando.
                - É. – Eles param perto de um poste que está com a lâmpada queimada. Praticamente não é possível ver nada naquela área. Yan olha pra ele e começa a falar.
                - Dylan, eu queria que você soubesse o que eu sinto por você de verdade.
                - O que você sente por mim? Como assim? Yan. Está tudo bem? – Diz Dylan. Em seguida, ele se aproxima de Yan e coloca a mão na testa dele.
                - Você se sente b... – Diz Dylan. Antes de terminar a frase, Yan fica de ponta de pé, agarra-o e o beija. Dylan dá um passo para trás encostando-se ao muro e ainda sendo beijado pelo Yan. Yan para de beija-lo, segura com as duas mãos na jaqueta dele e encosta a cabeça no peito de Dylan. Dylan demonstra estar confuso com tudo que está acontecendo, seus olhos inquietos não conseguem manter uma posição fixa, do seu rosto escorre algumas gotas de suor.
                - Dylan eu... Te amo, eu te amo. – Diz Yan, que gagueja um pouco.
                - Ah... Yan, eu... – Diz Dylan. Mas Yan não espera ele falar mais e sai correndo. Dylan o observa correr e não consegui falar nada. Fim do flashback.
                - Rum... – Diz Dylan, demonstrando estar pensativo. “Yan” – Pensa Dylan. Ele fica alguns minutos pesando no que aconteceu entre ele e Yan.
                - Tenho que me preparar para ir para o trabalho. – Após ter se arrumado, Dylan vai para o trabalho. Chegando lá, ele cumprimenta seus colegas e vai para sua mesa. Depois de várias horas ter passado, ele arruma seus papeis na mesa e se prepara para ir embora.
                - Todo esse tempo se passou e nem um sinal do meu chefe. Que sorte! – Diz Dylan, que se sente aliviado com a ausência do chefe. “Mas o Yan também não apareceu hoje. Embora ele seja de outro setor, ele sempre vem aqui falar comigo” – Pensa Dylan. Ele sai rapidamente de sua mesa em direção ao elevador. A porta do elevador se abre e ele da de cara com o chefe dele.
                - Chefe? – Diz Dylan, que arregala os olhos demonstrando estar surpreso.
                - Espero que você tenha checado suas ligações. Caso não tenha... – O chefe dele pega um papel e torce, insinuando que será feito isso com o pescoço do rapaz.
                - Vi sim, pode deixar senhor. – Diz Dylan, que olha para a esquerda com uma cara séria. Algum tempo depois já próximo de casa, um rapaz vem em direção a ele.
                - Alguém vem ali, Ele está mancando? – O rapaz demonstrando estar muito cansado, chega perto dele olha em seu rosto e cai sobre os braços dele, que por instinto ele o segura.
                - Ei! você está bem? Ei! – Dylan olha para o rosto dele.
                - Ele dormiu.



  • Feita por Heyne Archer
Arigatooo

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