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sábado, 25 de outubro de 2014

Para sempre amigos - 8

“Um sorriso se desenhou em seus lábios e logo a sombra de seu corpo estava sobre mim. Parado ao meu lado, sua mão agarrou firme meu pulso e me lançou pelo espaço vazio a sua frente. Um barulho ecoou pelo cômodo, logo quando eu senti sua mão em minha bunda. A raiva ameaçou me subir à cabeça com aquela provocação de Kirito. Mas eu apenas revirei os olhos e decidi me trocar já que ele deixava claro que queria que eu fosse.“

Por final eu vestia uma calça jeans simples acompanhada de uma camisa preta básica, já que não era uma festa grande e sim apenas um encontro de garotos e mesmo que fosse eu não estava nem um pouco entusiasmado para sair.

- Vem, a gente está atrasado! – Kirito me puxou pela mão me arrastando para fora da sua casa até o carro de sua irmã. Já que nenhum de nós dois tínhamos completado a maioridade, obviamente não tínhamos carros, mas isso não impedia Kirito de infligir à lei e dirigir mesmo assim.

Depois de alguns minutos chegamos a moderna casa de Yuta. Andamos pelo gramado até a porta da frente e Kirito adentrou a casa sem nenhuma timidez, já que ele era um grande amigo do dono da casa. Na sala encontravam-se seis garotos que conversavam e bebiam. Logo Kirito e eu se juntamos ao grupo tornando-se oito garotos em torno de dezesseis anos conversando sobre os mais variados assuntos. Mas eu sabia onde essa conversa iria chegar, eu já havia ido a outras “festas” iguais a esta, nas quais alguns garotos se encontravam com um único objetivo sendo que a cada encontro novos rostos apareciam mudando assim as escolhas de cada noite. Naquelas ocasiões todos eram livres para fazerem o que desejassem sem que ninguém de fora soubesse. Não demorou muito e todos já estavam bêbados, exceto eu que apesar de já ter bebido não havia chegado ainda no limite.

- Ei, lindinho! Não quer se juntar a nós? – Um garoto de cabelos castanhos e pele bronzeada me chamava.
 
Eu nada disse e virei meu rosto para o lado oposto. O garoto riu deixando escapar o cheiro de álcool pela boca. Uma de suas mãos repousou sobre a minha coxa e a outra puxou meu queixo de volta a sua direção.

- Vamos! Você vai gostar. – Sua boca encontrou em minha orelha e logo ele se afastou para poder enxergar melhor meu rosto. Eu deixei meus olhos encontrarem os seus e logo senti o olhar de Kirito sobre mim. Depois de algum tempo o rapaz a minha frente entendeu que eu não estava disposto a sair dali para desfrutar de uma relação a quatro. Suas mãos se ergueram em um sinal de rendimento e ele se juntou aos outros garotos que o esperavam. Logo as três jovens subiram as escadas rindo e já começavam a trocar caricias uns com os outros.

Minutos se passaram e a situação atual me colocava próximo a porta de saída fumando um cigarro calmamente, enquanto dois garotos trocavam beijos e mãos bobas sem timidez alguma no sofá da sala de estar. Na cozinha ao lado, dividida da sala apenas por uma bancada, Yuta empurrava Kirito contra a parede, já o ultimo ria constantemente deixando visível a embriagues.

Aquele não era o lugar que eu queria estar e se não fosse por Kirito eu não estaria, eu simplesmente não me encaixava ali. Porque eu era amigo de Kirito? Simples! O garoto mais popular da sala não conseguiu ignorar o fato de que houvesse uma pessoa da qual ele não soubesse nada. Então ele simplesmente se aproximou do garoto a qual ninguém conseguia chamar atenção.

Minha mão foi até a boca levando consigo o cigarro, que logo chegaria ao fim, e assim meu peito subiu e o meu pulmão se encheu daquela fumaça que causava mal ao meu corpo. De repente a risada de Kirito foi interrompida e o silencio se fez. Meus olhos se desviaram para o garoto de olhos verdes que eu tão bem conhecia. A cena a seguir foi a seguinte: os olhos de Kirito foram de encontro ao meu, enquanto sua boca era atacada pela de Yuta. 

Pela primeira vez alguns segundos se arrastaram de forma que pareciam uma eternidade. Logo eu me encontrava à frente da porta de saída jogando a restante do cigarro no gramado e soltando a fumaça que estava em meus pulmões. Eu desci as escadas e logo parei olhando para o carro de Karen, estacionado do outro lado da rua. Eu pensei um pouco e fui em direção aos fundos da casa de Yuta, onde se encontrava uma casa abandonada que dava para a rua de trás. Eu só queria andar um pouco naquela madrugada abafada e esvaziar a mente.

- Ciúmes?! Serio isso?! - Kirito me seguia na escuridão.

Eu olhei sobre o meu ombro para o garoto alto que tentava se equilibrar sobre as pernas que pregavam-no peças, quase deixando-o cair.

- Você não vai mesmo parar? - Ele falava enrolando a língua e rindo.

Eu pulei o pequeno muro que dividia a casa de Yuta da casa abandonada. Kirito me alcançou por sorte, e já estava pulando o muro, quando eu senti o peso de seu corpo desabar sobre o meu.

- Aai! - Eu senti a dor daquela queda. 

Logo Kirito se afastou de mim e eu consegui assim me virar para cima deixando as costas sobre a grama alta que nos cercava. 

O terreno daquela casa aparentemente velha seria totalmente escuro se não fosse o brilho da lua emanando no céu. E mesmo na escuridão eu pude encontrar o olhar de Kirito. Um sentimento estranho me tomou e eu virei o rosto para o lado como se tentasse esconder algo.

- Então você estava mesmo com ciúmes. - Ele parecia falar consigo mesmo. - Você não disse para Karen que nós éramos amigos?! - Logo as imagens vieram a minha mente. - Por que eu não posso ter outros "amigos"? - Ele falou provocativo.

A raiva foi repentina e minhas mãos foram bruscamente ao seu peito. Kirito foi jogado para trás e antes que suas costas encontrassem o chão suas mãos o apoiaram. Eu fiz menção de me levantar, mas um par de mãos fortes agarrou a minha cintura e num único impulso meu corpo estava de baixo do de Kirito novamente. Suas mãos agarraram firmes os meus pulsos no chão e eu senti a dor de sua força sobre o meus braços. Eu comecei a me debater numa tentativa inútil de me soltar. No meio da agitação a boca rosada me beijou e logo sua língua pediu passagem. Meus músculos relaxaram e toda a minha vontade que antes me mantinha resistindo havia sumido e levava consigo toda a raiva.

Continua...

  • Feita por K.L.
Arigato xD

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